terça-feira, 31 de maio de 2011

Amalé, a luta pela vida


Por um verdadeiro milagre, Amalé se salvou da morte, tudo isso aconteceu por causa das severas tradições indígenas de algumas tribos do Alto do Xingú, onde o pequeno índio vivia. Em 21 de novembro de 2003, às 7:00 horas, logo após seu nascimento, Amalé foi enterrado vivo pela própria mãe a índia Kanui, o motivo é que sua mãe era solteira, fato não tolerado na tribo. Para ter certeza que o destino de Amalé fosse mesmo a morte, seus avós pisotearam em sua cova, mas em um gesto de coragem, sua tia Kamiru desenterrou o bebê levando para fora da tribo, Amalé tinha fortes sangramentos nas narinas e nos olhos. Muitos acreditam que ele foi salvo por um verdadeiro milagre.

Amalé hoje tem 8 anos e vive com sua tia Kamiru em Brasília, para o pequeno índio sua tia é a sua mãe, ele gosta muito de brincar, comer e frequentar a escola, segundo a sua professora, Amalé é um bom aluno.

O drama de Amalé mostra o descaso da Funai em relação ao infanticídio indígena, onde o órgão insiste em fazer como se nada tivesse acontecendo em algumas tribos do Alto do Xingú. Segundo dados da ONG ATINI, que é responsável por acolher crianças indígenas que tiveram o mesmo drama de Amalé, cerca de 100 crianças são mortas por ano em algumas tribos do Alto do Xingú. Os motivos que levam ao infanticídio podem variar dependendo da tribo, mas geralmente são: Nascer filho de mãe solteira, bebês portadores de deficiências físicas ou mentais e em casos de nascerem gêmeos. Para a tradição dessas tribos, a criança nascer com isso tem um significado de ser uma maldição, que pode ser trazida para a tribo. Os rituais de execução podem ser enterrar viva, afogar, sufocar ou até mesmo cortar ao meio. Além disso, a mãe também pode largar o bebê na selva para que ele seja devorado por animais perigosos que vivem na por lá. Geralmente a mãe é que fica encarregada de fazer o ritual.

Um fato que chama atenção é que os alguns índios começam a se mostrar contra esse fato, pedindo que providências comecem a ser tomadas, mas a muita coisa a ser feita, o caso de infanticídio indígena é muito pouco divulgado no país, muita gente não sabe que isso ocorre nas escondidas aldeias do Alto do Xingú. A divulgação desse tema é sempre muito importante, quem sabe assim a Funai não começa a ser pressionada e tome alguma uma atitude.

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Ajude uma criança indígena vítima do infanticídio:


BANCO DO BRASIL Agência 2727-8
Conta Corrente 13645-X
ATINI - VOZ PELA VIDA
CNPJ 08.580.772-0001-51


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